São como as rosas de um dia
Ao amores de um estudante
Que o vento logo levou
Pétalas emurchecidas
Deixam no ar o perfume
De um sonho que se sonhou
Capas negras de estudante
São como asas de andorinha
Enquanto dura o verão
Palpitam, sonham, distantes,
Aninhadas nos beirais
Do palácio da ilusão.
Quero ficar sempre estudante
P’ra eternizar a ilusão de um instante
E sendo assim o meu sonho de amor
Será sempre rezado baixinho dentro de mim
Os amores de um estudante
São franjas, ondas do mar
Que os ventos logo varreram
Pairam na vida uns instantes
Logo descem, depois morrem
Mal se sabe se nasceram
Mocidade, ó mocidade
Louca, ingénua e generosa
E faminta de ilusão
Que nunca sabe o motivo
De quanto queira o capricho
Ou lhe diga o coração
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