segunda-feira, 28 de abril de 2008

Conheço-me. Quando minto sei que minto bem.
Por isso não o faço. Ninguém nunca descobre e fico a sentir-me mal.
Quando digo a verdade é porque pensei mil vezes na forma mais exacta para dizer as coisas. Para não voltar atrás. Para ter a certeza que comuniquei com a maior exactidão possível tudo o que o meu cérebro transmite ao meu corpo por sinais, hormonas, contração de musculos, lágrimas.

Conheço-me. Quando me chateio por birra e me sinto mal. Quando me chateio porque ninguém me está a compreender. Ou quando me chateio porque minto e ninguém percebe que o faço. Por isso não o faço... ninguém nunca percebe. E isso chateia...

Conheço-me. Sei que para mim tudo brilha à primeira vista. Quando penso no que já passou, tudo tem cores vivas e cintilantes, tudo cheira a citrinos e parece que é verão. Quando penso nas coisas futuras brilham os meus olhos e tenho vontade de apertar a mão de alguém. Ou de beijar a boca de alguém.

Conheço-me. Quando choro, o mundo parece que está a desabar ou então... o filme é tão lamechas que choro de inveja.
Quando quero. Quero mesmo. Com muita força... tanta... E tenho vontade de apertar a mão de alguém. Como quando penso no futuro. E beijo a minha vontade... de olhos fechados, com alma.
Se não consigo. Choro. Como se o mundo fosse desabar. Se não choro é porque não queria assim tanto....
Ou então, o filme não era assim tão lamechas.

Conheço-me. Sei que a minha memória disléxica perde tudo o que não considera importante no primeiro sítio que encontra. E mistura tudo o que o é. E altera. Deixando tudo a cheirar a citrinos, no verão, a cintilar. Mas não me importo.

Conheço-me. Sei que o futuro festejo com beijos.
E o que consigo festejo com abraços.



sábado, 26 de abril de 2008

A cobra

"Para que o acontecimento mais banal se torne uma aventura, é necessário e suficiente que o narremos."

Jean-Paul Sartre


Finalmente.

Finalmente ganhamos coragem para nos apresentarmos. Finalmente conseguimos mostrar-vos quem somos e como queremos que nos vejam... apesar da falta de tempo de alguns e do desconhecimento informático de todos!

Ainda não estamos prontos. Não estamos hoje. Não estaremos amanhã. Nem depois de amanhã.
Nunca. Nunca vamos estar prontos, simplesmente ganhamos coragem para mostrar o que somos! Lentamente...

Que não haja dúvidas. Este Jornal não é um Jornal imparcial. É a nossa opinião que está espelhada.
Por isso assinamos individualmente os nossos artigos.
Por isso é que vos damos liberdade para comentar ou até para escrever para este sítio.

Com muito orgulho...

São tão incrivelmente boas.... as coisas simples! As coisas que não têm de sufocar-nos de pânico.
Que rídiculo...
Se eu soubesse o que sei hoje....

sábado, 19 de abril de 2008

Don't get any big ideas
They're not gonna happen

You paint yourself white
And fill up with noise
But there'll be something missing

Now that you've found it, it's gone
Now that you feel it, you don't
You've gone off the rails

So don't get any big ideas
They're not gonna happen

You'll go to hell for what your dirty mind is thinking


Nude - Radiohead            

E eu agora acrescento:
uhhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu uhuuuuuuuuuuuuuuu uhhhhhuuuuuuuuuuuuuuuuuu uhu uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu (2x)
uhhhhu uhuuu uhuuuuuuuuuuuu



quarta-feira, 16 de abril de 2008

Me, Myself and Brazil

Sim vou para São Paulo!!!!!!!!
E em homenagem ao meu "Erasmus" aqui vai uma musiquinha de Tom Jobim!

São Paulo, te amo
Te amo, São Paulo
Na tarde tão fria
Busquei teu calor,
teu amor em São Paulo
São Paulo, te amo
Pasión de mi vida
I love you, querida
Je t'aime São Paulo
Io ti amo São Paulo
I love you
Te amo, São Paulo
Te amo
Te adoro, te adoro
São Paulo, São Paulo,
São Paulo
Laiala laia la
Sonhei com você
em São Paulo
Acho que já não tenho pachorra para certas coisas.
Estou a ficar velha e irrita-me os discursos ensaiados.
Como poderá haver "click" entre alguém que não se conhece? Não sabe o nosso último nome ou não sabe quem foi o nosso último namorado?
Tudo tem de ser dito, explicado, reexplicado ou a falta de informação resulta em falta de empatia. E não há, simplesmente pachorra para esse tipo de trabalho.
Não sei se é leviano ou comodista da minha parte.
A verdade é que me sinto velha. E a velhice tem como maravilhosa vantagem estarmo-nos a borrifar para o que os outros pensam ou não!

sábado, 5 de abril de 2008

Minha Nossa, Domingo vou para Milão.
Não posso levar: pasta dos dentes, champô, desodorizante, creme......


:o neste momento, todo um mundo de possibilidades se esgota no vazio de um buraco negro para onde foram logo de seguida sugados todo o meu despero e minha inexistência.

É triste pôr em causa a nossa existência por causa de um roll-on.